Você já parou pra pensar no que acontece quando nosso corpo simplesmente diz “chega”? Pois é, no programa Quilos Mortais a gente vê isso de pertinho. Ali não é só mais um reality show qualquer – é quase como espiar pela janela da vida real de pessoas lutando contra a obesidade extrema.
Te confesso que algumas histórias me deixaram com um nó na garganta. Principalmente quando falamos dos pacientes que não conseguiram completar sua jornada. Vou te contar sobre três casos que marcaram não só o programa, mas também quem assistia em casa.
Robert Buchel: quando o problema vai além do peso

O Robert apareceu na sexta temporada do programa. Cara, o sujeito pesava uns 380 quilos! Dá pra imaginar? É como carregar quatro pessoas adultas no seu corpo o tempo todo.
A situação dele era tão séria que nem conseguia entrar num carro normal. Sabe o que fizeram? Tiveram que levar o cara no porta-malas até Houston, onde fica a clínica do Dr. Now. E olha que nem assim foi fácil – a viagem teve várias paradas porque ele ficava exausto.
Mas o pepino maior nem era só o peso. Robert tinha outro problema cabuloso: era viciado em remédios para dor. Tomava sete tipos diferentes! O Dr. Now ficou de cabelo em pé quando descobriu, porque juntar obesidade com dependência química é receita pra desastre.
A namorada do Robert? Coitada. Ela que cuidava de tudo. Desde ajudar ele a se mexer até as necessidades mais básicas. Imagina só ter que ajudar seu parceiro a ir ao banheiro todo santo dia? É pesado demais, tanto no sentido literal quanto no figurado.
No começo, até que as coisas iam indo. Robert seguiu a dieta de 1200 calorias, fez uma cirurgia pra tirar 18 quilos de linfedema da barriga. Parecia que ia dar certo!
Só que aí a dor atacou. E quando a dor é demais, a gente faz qualquer negócio pra aliviar, né? Ele voltou aos remédios. Foi ladeira abaixo.
Em novembro de 2017, Robert não acordou mais. Um ataque cardíaco durante o sono levou ele embora aos 41 anos. Foi o primeiro paciente a falecer durante as filmagens do programa. Bateu forte em todo mundo.
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Kelly Mason: um coração que lutou até o fim

A participante Kelly Mason era da Carolina do Norte e chegou ao programa pesando uns 325 quilos. Tava cansada daquela vida, sabe? Quem não estaria?
A viagem dela de avião pra Houston foi um sufoco só. Mal cabia na poltrona, as pernas todas espremidas. Tenta imaginar fazer uma viagem assim! É como tentar se espremer num espaço feito pra uma criança.
Quando chegou lá, o Dr. Now já mandou o papo reto: “Precisa perder 45 quilos no primeiro mês”. E mais: explicou que nem dava pra pensar em cirurgia ainda porque ela podia não sobreviver ao procedimento. Tava nesse nível.
Teve um dia que ela tentou pegar um táxi e ficou presa entre os bancos. Começou a chorar de desespero. Os bombeiros tiveram que ir lá tirar ela. Dá pra sentir o peso da situação, não é?
Além de tudo, a Kelly também tinha problema no coração. Insuficiência cardíaca, coisa séria. O Dr. Now botou ela internada por um tempão e insistiu em fisioterapia. No começo, ela mal aguentava andar quatro minutos sem precisar parar. É tipo a gente subir dez lances de escada correndo – só que pra ela era só dar alguns passos.
As coisas estavam melhorando quando, bum! No décimo mês de programa, Kelly sofreu uma parada cardíaca. Dia 16 de fevereiro de 2019, o Dr. Now recebeu aquela ligação que ninguém quer atender. A Kelly havia partido.
O doutor, que geralmente é durão, ficou visivelmente abalado. A mulher estava lutando com tudo que tinha, sabe? Às vezes nem isso é suficiente.
Sean Milliken: quando a comida vira um inimigo disfarçado de amigo

O Sean era figurinha carimbada do programa. Começou a ganhar peso depois que perdeu o pai – a depressão bateu forte e ele encontrou consolo na comida. Conheço muita gente assim, que come pra preencher vazios emocionais. Quem nunca atacou um potinho de sorvete depois de um dia ruim, né?
Só que no caso do Sean, a coisa saiu completamente do controle. Ele morava sozinho e dependia de aplicativos de entrega pra se alimentar. Todo dia era fast food e refri. Xiiii, receita perfeita pro desastre.
O corpo dele já mostrava sinais de alerta vermelho: tinha feridas infectadas nas dobras da barriga. Essas feridas doíam pra caramba e podiam causar infecções mais sérias a qualquer momento.
A relação dele com a comida era aquela história clássica: comia, se sentia culpado, ficava mal, comia de novo pra se sentir melhor. Um ciclo sem fim. Parece bobo pra quem vê de fora, mas quem já passou por qualquer tipo de dependência sabe como é difícil quebrar esse padrão.
Dr. Now tentou de tudo com o Sean. Foi duro, foi compreensivo, foi paciente. Mas o Sean vivia naquela: prometia mundos e fundos, daí sumia, voltava pior. Uma vez ele faltou na consulta e quando reapareceu tinha ganhado 126 quilos em seis semanas! Cê acredita nisso? É tipo ganhar o peso de uma pessoa inteira em menos de dois meses.
Na última tentativa, o doutor internou ele e depois mandou pra um centro de reabilitação. Era a última chance.
Não rolou. Depois de duas semanas lá, Sean teve uma parada cardíaca. O corpo simplesmente desistiu. O Dr. Now teve que ligar pro avô dele com a notícia que ninguém quer dar.
O que fica dessas histórias?
Olhando essas três histórias, dá pra tirar umas lições, né?
Primeiro: obesidade grave quase nunca vem sozinha. Robert tinha dependência química, Kelly tinha problema no coração, Sean tinha questões emocionais sérias. É um pacote de problemas andando junto.
Segundo: o lado psicológico é tão importante quanto o físico. Os três casos mostram que não adianta só fazer dieta se a cabeça não tá ajustada.
E terceiro: obesidade extrema é coisa séria mesmo, viu? Não é frescura, não é só estética, é questão de vida ou morte. Quando o corpo chega num certo ponto, às vezes nem todo o esforço do mundo consegue reverter o estrago.
Tá aí uma razão pra gente cuidar da saúde enquanto dá tempo. Já dizia minha avó: “é melhor prevenir que remediar”. E no caso da obesidade, isso é mais verdade do que nunca.
E você, já tinha visto esses episódios? O que achou dessas histórias? Bate um papo comigo nos comentários!